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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

SENSEI SHOTOKAI - A. FILIÉ JR.

SENSEI SHOTOKAI - A. FILIÉ JR.

O Karate Budo é um longo caminho que começa com o primeiro passo

Sensei Agostinho Filié Junior. - Menkyo Junshi AKSER International - Shotokai Egami-Ryu®

AKSER Brasil - Presidente


GRADUAÇÕES

Menkyo Junshi
2° Dan Shotokai Egami-Ryu®
Instrutor Assistente de Mestre Schneider (5 ° Dan Shotokai Egami-Ryu®)

RESUMO HISTÓRICO


Sensei Filié nasceu e cresceu na cidade de São Paulo.

É o presidente da AKSER Brasil e sua missão principal é a implantação do Karate-do Shotokai Egami-Ryu® no Brasil e em demais países da América do Sul. Representante Oficial da AKSER International e Membro da Comissão Técnica.

Destaca-se em sua visão o Karate Budo como instrumento de transformação interna do homem para poder lidar com os conflitos.

Segue abaixo um resumo extraído de sua biografia com algumas expansões.

Acredito ser justo colocar um pouco do caminho que percorri dentro do Karate-do Shotokai. Por vezes uma história que já li referências como sendo meteórica. Contudo, a realidade é bem outra como você irá ver.

O Karatê em minha vida iniciou-se na década de 70 e se a memória não me falha em 71/72 através de amigos israelitas que comigo estudavam. Naquela época eu costumava ir na Hebraica (SP) acompanhando-os em seus treinamentos. Ali na Hebraica se praticava o estilo Shorinji-Ryu e tive a oportunidade de estar presente, apenas assistindo, em aulas com o seu implantador Mestre Yoshito Yamanoe (falecido devido a um acidente) e a primeira aula dada por Yoshiaki Shotoko, seu sucessor. Guardo lembranças destas distintas pessoas e profundo respeito. Lembro-me de ter ajudado a Mestre Yoshiaki a pegar o ônibus para sua casa pois tinha algumas dificuldades: acabara de chegar do Japão, não conhecia nada aqui e nem falava o português. As informações mais recentes que tenho a respeito de Mestre Yoshiaki é que não está mais ministrando.

Bem fiquei absolutamente impressionado naqueles tempos e quis iniciar os treinos. Contudo não era sócio da Hebraica e não podia treinar lá. Então saí procurando por um local e vim a me deparar com os treinos desenvolvidos aqui no SESC da Dr. Vila Nova (SP) e ali então ingressei.

Por solicitação deste meu primeiro Sensei que não quer ter seu nome divulgado vou apenas me referir a ele como sendo K.O. Podem ser encontradas referências à ele pré-existentes pela Internet em inglês, alemão e espanhol postados por sites Shotokai. Existem muitos praticantes que o tem em sua genealogia, pois são alunos de seus alunos.

K.O. foi graduado direto de Mestre Harada aqui no Brasil. Aqui cabe uma pequena explicação sobre seu Karatê e vou entrar um pouco na parte histórica para que você possa melhor compreender o plano de fundo das coisas. Aqui está o outro lado da moeda.

Quando Mestre Harada veio ao Brasil, ainda não havia separações dentro do Shotokan. O Shotokan no Japão nesta época era comandado simultaneamente por Mestre Funakoshi e Mestre Egami. Mestre Harada treinou com os dois e seu Karatê nesta época era a legítima expressão dos dois Mestres.

Mestre Harada solicitou a Mestre Funakoshi fundar o Dojo Shotokan em terras brasileiras ligada ao Japão. Mestre Funakoshi o autorizou a fundar então o primeiro Dojo brasileiro Shotokan, porém independente do Japão, pois de acordo com suas palavras não queria o Shotokan aqui no Brasil estar com os mesmos problemas crescentes no Japão e assim foi feito. Não obstante este fato, ao receber seu 5° Dan, sua diplomação não constava Shotokan... mas Shotokai emitido por O´Sensei e Mestre Egami...

Isto a primeira vista parece nada ser, mas temos aqui novamente um outro Dojo Shotokan reconhecido pela Shotokai. O primeiro foi o próprio Hombu Dojo. Talvez o mesmo se processou para com os EUA, através de Oshima Sensei mas, isto tem que ser examinado.

Bem o fato é que o Shotokan brasileiro nesta época e deixado por Harada Sensei era o Shotokan ortodoxo mas já com evoluções autorizadas por O´Sensei na pessoa de Mestre Egami, Shotokai embora ainda embrionário.

No Japão a divisão tomou proporções nunca antes vistas. Mestre Funakoshi re-fundou a Shotokai sob patamares enraizados no Budo solidificando ainda mais sua visão acerca do Karatê como não-desportivo.

No Brasil os que ficaram como pretas, tanto quanto eu saiba, ficaram estacionados em termos de graduações.

K.O. se tornou talvez o aluno mais ativo deixado por Harada Sensei e trabalhou incansavelmente na estruturação do Karatê mas chamando-o de acordo com o nome de Shotokan desde a fundação do primeiro Dojo brasileiro. Mas observemos aqui que sua linhagem é bem direta de Mestre Funakoshi e não-desportiva. Não confundir com o Shotokan normalmente propagandeado, o esportivo, e nem com posições menos desportivas alguma vezes encontradas. Estamos falando de uma linha direta.

Os treinamentos no SESC em meu tempo eram realizados nas quadras de basquete. Chegava a ter três fileiras continuas de alunos em toda a sua extensão.

Eu praticava muito no SESC bem como nas duas Yamasaki que K.O. ministrou (Vl Mariana e Aeroporto).

Para os amantes do desporto neste momento: Mestre Harada ao partir do Brasil demorou muitos anos para retornar. Meu primeiro Sensei ficou sozinho mas havia uma pessoa que considerava muito tanto a ele como a Mestre Harada e este se chamava Mestre Shinzato. Mestre Shinzato acredito que durante longos anos foi um grande amigo de meu primeiro Sensei e talvez em decorrência desta amizade meu Sensei chegou a levar alguns alunos para competição.

Ente eles eu figurei. Nesta competição não havia divisão de faixas, de pesos, etc. Havia a parte de Kata e de Kumitê na cidade de Osasco. Era o ano de 1975 e participei e me concederam o primeiro lugar a frente de alguns que hoje detem uma graduação bem alta no mundo do Karate. No Kumitê, passei por umas 4 ou 5 lutas mas não fui para semi-finais. Em uma delas tomei um soco na virilha, que me imobilizou a perna direita. Não retornei mais a competir.

Nota: Após rememorando alguns fatos que ocorreram naquele ano aproximadamente ou em 1976 uma amigo me lembrou que cheguei a participar de um outro que existiu e foi dentro do próprio SESC. Foi em Kumitê e neste alcancei o primeiro lugar.

Em 1982 recebi a faixa-marrom (tenho as fotos deste dia) e me foi entregue por Kazo-San, pois meu Sensei não pode comparecer. Ainda da década de 80 Mestre Harada retornou ao Brasil e quis levar a todo custo meu Sensei para a Europa. Este não pode atender a sua solicitação. Também foi um momento de grave tensão, pois Mestre Harada havia mudado totalmente a sua prática de Karatê e com certeza nos dias de hoje, digo isto por ter me sido falado por diversos Mestres Shotokai, seu Karatê não é representativo da prática de Mestre Egami precisamente. Existe ampla literatura a este respeito.

Neste momento por convite mas mais por insistência de Mestre Shinzato, meu Sensei começa a migrar para o Shorin e é neste momento também que minha profissão me leva a residir fora de São Paulo, passando por Goiânia, Porto Velho, Santarém, Salvador, BH e finalmente retornando a São Paulo.

Este arco de cidades cobrem anos ausentes de São Paulo. Durante este tempo, não treinei com ninguém. Efetuei a difícil jornada de treinamentos solitários, buscando então compreender a raiz de toda a prática que havia aprendido e isto se chamava Mestre Funakoshi e Mestre Egami. Muito difícil, mas eu o fiz.

Ao retornar para São Paulo busquei muitas vezes pelo meu primeiro Sensei e nunca obtive sucesso. Em todos os locais onde seus treinamentos eram mantidos não havia mais nada... Cheguei a pensar de que havia falecido nestes tempos. Felizmente, mais tarde vim a saber que ele continua vivo.

Anos atrás Mestre Humberto Heyden (Kyoshi Shotokai SKB) marcou um encontro comigo aqui em São Paulo e tinha assuntos para tratar. Estivemos a conversar por longas horas e quase que ele chegou a perder o shuttle para Guarulhos, pois já estava de regresso para o Chile. Os assuntos foram de diversas ordens, mas sobretudo o foco estava centrado no desenvolvimento do Shotokai.

A partir deste momento passei a ser seu representante pessoal e como missão difundir o Karate-Budo Shotokai no Brasil. De forma legítima, foi um dos tempos de profunda forja e disciplina para meu espírito. Em suas palavras:

"O caminho do Karate-Budo é um caminho que não é fácil, eu o sei, mas é um caminho sincero para aqueles que desejam caminhar pelo Budo com honestidade"

Nesta época eu ainda era faixa-marrom e isto me confundiu um pouco pelo Mestre ter-me escolhido. Cheguei a lhe perguntar o porquê. Sua resposta foi de que sim ele tinha muitas pessoas aqui no Brasil querendo vir para o Shotokai, com muitos Dan na faixa, mas sabia a razão pela qual queriam: Diplomas na parede. Quando lhes falava dos rigores de seu treinamento, da submissão ao real espírito do Budo, da necessidade de ir treinar até sua cidade para além dos Andes, esmoreciam. Mas eu disse, não importa o que eu tivesse que fazer, conforme as minhas forças o faria. E esta relação me foi muito produtiva em termos do desenvolvimento Shotokai no geral, mas muito mais em termos do Karatê Budo.

No entanto e apesar de meu desenvolvimento pessoal que era sempre progressivo, me preocupava com a expansão aqui no Brasil. Foi neste momento que também apareceu a ajuda provinda de Mestre Schneider. Assim, para melhor atender as necessidades brasileiras foi efetuada a transferência de discipulado.

Jornal de Auterive - França
Filié Sensei ao lado do Mestre: menção em jornal da França

Quando após praticamente 24 anos tendo ficado como marrom e nunca ter buscado uma faixa preta que fosse, meu nome foi apontado na França para graduação. O exame foi efetuado por Mestre William Schneider e pelo Conselho de Anciões Shotokai da Escola de Egami. Foi-me concedido titularidades honoríficas de Menkyo Gakushi e após outras avaliações, Menkyo Junshi.

São estas as primeiras titularidades de Menkyo Shotokai emitidas para o Brasil, mas talvez o fato mais significativo para mim, é o de portarem a assinatura de um Mestre que recebeu graduações em Gakushuin (Universidade do Imperador) diretas de Mestre Egami. Também tenho o título de Instrutor Assistente dentro da AKSER Kokusai fazendo parte da comissão técnica brasileira, mas mais precisamente como representante oficial da AKSER International para o Brasil.

Este site apresenta uma página especialmente dedicada à Mestre Schneider. Ele é para mim como parte de minha família.

Minha vida tem sido entregue ao singelo objetivo de trazer o Shotokai de Mestre Egami para o Brasil mas não menos colaborar com todas as pessoas, independente de nome de escola, que buscam no Karatê um real objetivo de vida, de poder de transformação.

Em 2008, na França fui promovido para 2° Dan Shotokai Egami-Ryu®.

Esta diplomação conta também com a assinatura de Alain Stoll Sensei (5° Dan), introdutor do Shotokan de Funakoshi O´Sensei na Alemanha (Düsseldorf-1967) e que posteriormente veio a ser aluno de Mestre Egami no Japão (1969), com treinamentos no importantíssimo Dojo de Tóquio (Usami Sensei).

Para os interessados em graduações, o meu histórico é diminuto, é pequeno e em três linhas pode ser escrito.

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