Não podemos falar que o Karate é somente um esporte como todos conhecem ou que seja apenas defesa pessoal, é algo muito mais complexo do que uma simples luta à distância ou corpo a corpo.
Ao longo desses 50 anos venho me aperfeiçoando na Arte Marcial que tem como seu instrumento principal o Ser Humano. Sabemos que a estrutura de movimentos tem necessidade dos neurônios, dos músculos e dos ossos. De uma maneira simples, temos os movimentos naturais do nosso corpo que podemos chamar de movimentos instintivos e os cinco sentidos. Existem mais dois ainda em evolução, que são: a percepção emocional do perigo e a percepção intelectual de algo acontecido longe com alguém que temos conhecimento, ou a iminência de algo ruim que pode acontecer com nosso próprio físico. Esta é a parte instintiva do ser humano.
Uma outra parte é o canal que liga o mundo exterior com o mundo interior, a parte intelectual. Inicialmente aprendemos todos os movimentos com a parte intelectual, posteriormente é que passa para uma outra parte que chamamos de motora, que é a parte mais importante para a luta, no caso, o Karate.
O karate ao qual me dedico e ensino nos dias atuais busca fazer do seu treino um processo de alquimia interior onde o combatente aperfeiçoa sua parte instintiva, intelectual, motora e também a emocional. Um combatente de Karate tem como inimigo principal o seu espírito de agressão, porque apesar de ser uma Arte Marcial, aquele que pratica o Karate não se aperfeiçoa para lutar, mas luta para se aperfeiçoar.
Um bom combatente pode se tornar um guerreiro a medida que vem se tornando uma boa pessoa, um bom familiar e um bom cidadão. O karate que procuro transmitir não tem apenas as mãos limpas, mas principalmente o coração.
Não se tem idéia de quando surgiu a primeira espada japonesa, mas os documentos nos provam que no período Jokoto ( aproximadamente século IV a X ) a “espada japonesa”, se assim podemos dizer, surgiu na região Honshu – Japão; Sua forma era reta e curta tendo corte de ambos os lados ( Kem ).
No período seguinte, Koto ( século X a XVI ), a espada adquiriu aquilo que hoje chamamos de “a forma única de espada japonesa”, onde ela tinha uma leveza e uma curvatura acentuada , pois foi um período de sucessivas guerras e seu uso era constante.
Após isso, no período Shinto (século XVI a XVIII ) a espada ficou um pouco mais pesada e mais larga, também conhecida como “A Espada Nova”.
No período Shinshinto ( século XVIII e XVIII ) a espada se definiu na sua forma e no seu comprimento.
Finalmente no período moderno, Guendaito ( XVIV até os dias atuais ), foram fabricadas sem muita arte uma quantidade enorme de espadas para guerra moderna onde decaiu muito a sua forma artesanal, mas muitos artesãos conseguiram manter a tradição de mestre a discípulo até chegar ao Brasil.
Inicialmente no período Koto havia as cinco tradições chamadas Gokaden, que levava o nome das regiões onde eram feitas pelos seus artesãos:
» Primeiro: Soshu;
» Segundo: Bizen;
» Terceiro: Yamato;
» Quarto: Yamashiro
» Quinto: Mino
Dessas cinco escolas se espalharam os vários estilos e mestres que chegaram até os dias de hoje, mantendo uma pequena diferença na maneira de preparar o aço e temperar a espada.
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