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quinta-feira, 5 de julho de 2012

História do Karatê na Bahia

Extraído do livro Karatê-Dô - Uma Introdução, de Ubiratan Bezerra

No início da década de 60, chegava à Bahia o mestre japonês Masahiro Saito, 4º Dan de Judô e com alguns conhecimentos de karatê, tendo difundido na Bahia os primeiros ensinamentos da arte.
Em 1961 mudou-se para a Bahia o japonês Eisuki Oishi, 19 anos, que começou a ensinar karatê no ginásio do Acrópole, para um grupo de dez pessoas.
Dentre estes alunos, estava Denilson Caribé, 21 anos, que já tinha conhecimento de outras artes marciais, como o Jiu Jitsu. Quinze dias depois do início do curso, Oishi apresentou sérios problemas estomacais, causados pelo forte tempero baiano.
Sem dinheiro, doente e sem saber falar português, Oishi foi expulso da pensão onde estava hospedado. Depois de três dias sem comparecer ao treinamento, Denilson resolveu procurar seu mestre.
Encontrou Oishi em estado deprimente, com febre e desidratado. Oishi foi levado para a residência de Caribé, onde passou oito dias se recuperando dos maus tratos.
Nasceu daí uma grande amizade e um pacto entre os dois: Caribé ensinaria a Oishi o idioma português e Oishi ensinaria a Caribé as técnicas mais avançadas do karatê.
Denilson se destacou nos treinamentos e ficou à frente do grupo que treinava no Acrópole.
Em 1966, Oishi foi chamado a comparecer com urgência ao Japão para resolver problemas relacionados à família, e deixou Caribé encarregado de prosseguir os treinamentos.
Então faixa roxa, Caribé buscou orientações dos grandes mestres de karatê que passavam pelo Brasil dando curso sobre a arte, dentre os quais estava Yasutaka Tanaka.
Caribé conseguiu conciliar o Karatê com o trabalho que realizava na Petrobrás e se tornou o primeiro Faixa Preta da Bahia. Com alguns amigos, fundou a Associação Baiana de Karatê - Askaba, que, inicialmente, funcionava no subsolo de uma casa localizada em Brotas.
Em 1974 Caribé foi a Tókyo participar de um festival de karatê e reencontrou o amigo e mestre Oishi, o qual constatou o brilhante desempenho do aluno.
Caribé retornou à Bahia onde deu prosseguimento ao esporte, condenando veementemente qualquer iniciativa comercial na abertura de academias que visassem apenas o lucro imediato.
Em vinte e quatro anos de karatê, Caribé conseguiu vencer diversos campeonatos baiano, brasileiro e ser vice-campeão pan-americano em 197.
Líder inconteste do Karatê Baiano, desaparece tragicamente em 23 de outubro de 1985, em acidente automobilístico, perto de Vitória da Conquista. Sua morte, no auge da sua carreira, deixou o karatê baiano órfão, sem uma liderança magnífica, como era a sua. No entanto, essencialmente, Caribé não morreu.
Em cada um de seus discípulos ficou a sua marca e expressão do seu talento e do seu trabalho que tanto dignificou o karatê e a Bahia.

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